O desabamento do Edifício Andréa, no Dionísio Torres, deu origem a uma rede de solidariedade em Fortaleza nesta terça-feira (15). Além de órgãos públicos e de entidades como a Cruz Vermelha e Crea, empresas privadas e voluntários se mobilizaram em apoio às vítimas e equipe de resgates. Conforme o governador Camilo Santana, até o início da noite, nove pessoas tinham sido resgatadas com vida. Há suspeita de que outras nove estejam sob os escombros. Os trabalhos seguem durante a madrugada.
Professores, alunos e ex-alunos dos cursos de Psicologia da Unifor e Unichristus montaram uma escala de plantão com atendimento contínuo até a manhã da quarta-feira. A adesão de voluntários superou as expectativas e o cadastro foi temporariamente encerrado. Profissionais da Prefeitura, Estado e Conselho de Psicologia também somam esforços.
Já as equipes de socorros contam com reforços de médicos e enfermeiros voluntários, cuja presença se intensificou ao final da tarde. O ponto de apoio dos voluntários, bem como o espaço para atendimentos, foi cedido. Inicialmente, pela empresa Tecnolife. Em seguida, foi a vez do condomínio Victor VII acolher familiares e voluntários. O local, próximo ao prédio que desabou, também é destino de alimentos doados.
Outro vizinho que prestou auxílio foi o Imprensa Food Square, que junto de empresas parceiras forneceu quentinhas para as equipes de resgate. A empresa segue recebendo doações. A Noélia Doces e Salgados também informou que suas unidades são pontos de coleta. A Cruz Vermelha orienta que sejam doados alimentos ricos em glicose. Apesar da movimentação no entorno do desabamento, tudo acontece em silêncio. Foram os bombeiros que orientaram a evitar barulho, como o de buzinas, para que qualquer pedido de socorro vindo dos escombros possa ser ouvido. Os cidadãos também contribuem evitando vias de acesso a hospitais.
Poder público
As forças policiais do Ceará contribuíram para o rápido trajeto ao IJF, que acionou protocolo de emergência para receber vítimas. Logo após o acidente, agentes ocupavam as esquinas no percurso, prontos para contribuir com a liberação do tráfego. Um comitê de crise, formado por Samu, Bombeiros, Defesa Civil, AMC e Polícia Civil foi montado.
O governador Camilo Santana, que cancelou agenda e Brasília e voltou a Fortaleza logo que soube do desabamento, o prefeito Roberto Cláudio, o presidente da CMFor, Antônio Henrique, e o presidente da Assembleia Legislativa, José Sarto, foram ao local para acompanhar os trabalhos.