De 11 a 15 de dezembro, Fortaleza e o Cariri recebem a terceira edição do Fotofestival SOLAR, evento que reúne exposições, projeções audiovisuais, shows, lançamentos de livros e um amplo programa de formação em uma programação gratuita. O festival é uma oportunidade para refletir sobre a fotografia como manifestação cultural, conectando-a a outras linguagens artísticas e históricas do Brasil.
Realizado pela parceria entre a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) e o Instituto Mirante de Cultura e Arte, o evento ocupará importantes equipamentos culturais da Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Ceará (Rece) em Fortaleza e no Cariri, com ações em locais como Pinacoteca do Ceará, Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS) e KUYA – Centro de Design do Ceará, além do Centro Cultural do Cariri, no Crato.
Entre as atrações estão exposições individuais e coletivas, projeções, lançamento de livros e shows com nomes como Ana Frango Elétrico, Gang do Eletro e Letrux. Os principais nomes do evento incluem convidados como o artista chileno Alfredo Jaar, a fotógrafa mexicana Graciela Iturbide, e os documentaristas brasileiros Jorge Bodanzky e João Moreira Salles. O programa também inclui uma série de conversas, oficinas e leituras de maquetes, permitindo diálogo aberto entre o público e os artistas.
Segundo Tiago Santana, diretor artístico do evento, o Fotofestival SOLAR surge como uma iniciativa para fortalecer os diálogos culturais no Brasil e criar um espaço de transformação através da fotografia. “Desde 2018, o SOLAR escolhe, além de resistir, refletir coletivamente sobre os modos de produzir vida e arte neste país brilhante e complexo”, afirma. Para a secretária de Cultura do Ceará, Luisa Cela, o festival é um marco para as políticas públicas culturais ao conectar artistas locais com produções internacionais e ampliar o acesso à cultura de forma inclusiva.
Além de exposições importantes, como Delírio Tropical e Que País é Esse? — que abordam o Brasil através da fotografia e suas memórias sociais —, o festival também dedica espaço à acessibilidade e reflexões sociais, com exposições como Modos de Ver, abordando direitos e políticas inclusivas. O evento segue com a proposta de democratizar o conhecimento através da formação, com conversas abertas e acessíveis para ampliar o diálogo sobre temas históricos e sociais, desde o período da ditadura militar até os movimentos sociais contemporâneos no Brasil.
Estimando um impacto de até 70 mil pessoas durante os cinco dias do evento, o Fotofestival SOLAR busca fortalecer conexões entre artistas e o público, valorizando narrativas visuais e a fotografia como um elemento político e cultural de resistência e criação. As atividades contarão também com transmissão online, ampliando ainda mais o alcance do evento.
Serviço
Fotofestival Solar
De 7 a 10 de dezembro, das 10h às 20h
Centro Cultural Dragão do Mar. Rua Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema, Fortaleza
Exposições de artistas locais e internacionais, workshops, e debates sobre fotografia e cultura
Entrada gratuita
Informações pelo Instagram @fotofestivalsolar
